A Moonshine, coletivo de Montréal que cultiva uma estética afro-futurista, com aventuras também pela moda e assinou uma coleção de vestuário que celebra a diáspora africana e caribenha.
O projeto começou em 2014, como uma festa underground na cidade de Montréal, um acontecimento aguardado por alturas da lua cheia, sempre em localizações diferentes comunicadas por SMS. Os fundadores Pierre Kwenders e “Coltan” Kalongo, canadianos de origem congolesa, procuravam abrir um espaço para os talentos locais na cena afro-futurista, entre graves penetrantes e synths de electro-funk. A missão foi tão bem-sucedida que a Moonshine se estendeu por outras vertentes, como a moda, e hoje está mais próxima de um movimento global.
A coleção “Partout au Bled”, lançada já no ano passado, é um bom exemplo disso. Inspiradas pela noção franco-árabe de “bled” – a ideia do lugar a que chamamos casa, seja um bairro ou uma vila noutro continente –, as peças prestam homenagem às culturas caribenhas e africanas dos 90s, com cores vivas e várias referências africanas.
A linha chega agora a Lisboa, com uma pop-up store na Antu durante os dias 2 e 3 de outubro, em colaboração com contracoutura. Além da moda, o evento está também recheado de música: os nomes nacionais King Kami e Vanyfox juntam-se a San Farafina e Felix Noe para DJ sets carregados de batidas contagiantes, e o próprio Pierre Kwenders (que já marcou presença na COLORS, e que se encontra a trabalhar num álbum com produção de Branko) brinda-nos com um showcase no sábado. A palavra de ordem é simples: no próximo fim-de-semana, tudo à Antù.