Está dado o pontapé de saída na Liga Portugal – mais cedo do que o habitual, por culpa do Mundial no inverno – e também temos finalmente o repertório completo de kits.
Já conhecemos bem as camisolas dos três grandes, e ao Benfica coube um upgrade considerável: o clube da Luz explorou de forma inédita a sua identidade lisboeta, com um trabalho conceptual que vai dos elétricos às pedras da calçada. O Porto, além de um belíssimo away kit, também impressionou pela campanha com a New Balance, que fotografou alguns craques dos Dragões em pontos estratégicos da Invicta. No Sporting, foi o equipamento alternativo a revelar-se o mais eye-catching, e a iniciativa “Heart of a Lioness” colocou a merecida spotlight sobre as atletas femininas do clube.
O que também se comprova é que algumas das propostas mais interessantes estão entre os clubes com menor atenção mediática. Antes de mais, 2022 traz-nos um kit de centenário, com o Vitória a vestir dourado. Não falta também quem procure estreitar a ligação entre o clube e a terra: o Paços enverga um padrão inspirados pelas ruínas arqueológicas do concelho, o Braga decalca o mapa medieval da cidade, e o Chaves homenageia o Mestre Nadir Afonso, um artista local. Entre a equipa de contracoutura, os trabalhos da Kelme com o Boavista e da Kappa com o Estoril colheram aplausos. No extremo oposto da inspiração, o Portimonense vestirá o mesmo equipamento pelo sexto ano consecutivo – e não consta que seja uma iniciativa eco-friendly. Uma trend é óbvia: são as marcas mais pequenas que constroem as propostas mais arrojadas, muitas vezes pelo interesse em trabalhar em proximidade com os clubes.