A plataforma She Raps é uma “incubadora para a profissionalização de mulheres rappers”.
O projeto, apoiado pela União Europeia e em parceria com a Skoola, academia de música urbana em Alcântara, parte de uma observação simples: o rap é o género musical mais ouvido na Europa, com especial hegemonia entre os jovens, mas a sua representação é ainda desproporcionalmente masculina. “Das 68 faixas [de rap] nas tabelas do Spotify em França, Portugal, Croácia e Bélgica” – os países abrangidos por este programa-piloto – “apenas duas (…) são interpretadas por mulheres.”
A proposta é mudar o paradigma, começando com a seleção de 28 mulheres pelos diferentes júris locais. Em Portugal, os responsáveis pela decisão serão Dama Bete, Chonkg Kwong e Telma Tvon, nomes incontornáveis do nosso rap no feminino, a que se juntam Nuno Varela e D-Mars. O projeto passará depois por várias fases, incluindo etapas de formação, e prevê o acesso a diferentes redes institucionais e mediáticas que permitam acelerar a evolução das carreiras das rappers. Culmina, já no próximo ano, numa gravação conjunta e digressão europeia.
As candidaturas abrem a 21 de maio na plataforma online da She Raps (a versão portuguesa do site ficará disponível na mesma data) e terminam a 12 de junho. O único critério é ser uma mulher com mais de 18 anos.