O Super Bock Super Rock anunciou os Mind da Gap e é hora de puxar o gira-discos atrás. Depois de quase uma década de hiato, o dia 20 de julho acolhe o comeback de um grupo cuja história se confunde com a do hip hop português.
Ace, Presto e Serial andam por aqui desde ‘93, quando os beats eram feitos numa SP-1200 e as rimas escritas em inglês. Antes de Portugal saber o que quer que fosse sobre os skills de natação dos Black Company. Passaram no Rapto do José Mariño e mantiveram-se relevantes na era do Spotify, deixando um rastro de clássicos pelo caminho – da “Dedicatória” de ‘97, single de um disco que mudaria o paradigma do rap nacional, a “És Onde Quero Estar” já na década passada. Pelo meio, “Tilhas? São Sapatilhas” mostrou a um público obcecado com a estética underground que a credibilidade de um rapper não dependia de se vestir como um monge franciscano. E o que dizer de “Todos Gordos”, que ainda serve de soundtrack a muita noite portuense?
É hora de colherem as merecidas flores. À semelhança dos Da Weasel, será um privilégio vê-los subir ao palco de um festival pela porta grande e experienciarem o love intergeracional que cultivaram ao longo das últimas três décadas. Já sentimos borboletas.