Kenzo apresenta coleção com assinatura portuguesa

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Felipe Oliveira Baptista fez desfilar esta quarta-feira, em Paris, a sua primeira coleção pela Kenzo. O designer português vincou uma identidade própria, aproveitando para se distanciar dos seus antecessores, Leon e Carol Lim, no que toca à interpretação artística do legado de Kenzo Takada.

O resultado é uma coleção minimalista mas luxuosa, com explorações futuristas mas sempre sóbria, que aposta na surpresa mas mantém uma ligação íntima ao historial da marca e do seu fundador. Inspirado pelo estilo de vida nómada de Kenzo Takada, Felipe criou peças de roupa versáteis e utilitárias, sem sacrificar a elegância das formas que têm caraterizado o seu trabalho.

O designer foi beber influências também na sua própria história, em particular na sua infância passada nos Açores, e através de uma fotografia da lua-de-mel dos seus pais, passada em Moçambique. No comunicado à imprensa, Felipe Baptista enfatizou essa produtiva tensão dicotómica na base da coleção, explicando que “duas personalidades misturam-se e os seus pontos em comum dão origem a um guarda-roupa convergente”.

As peças dividem-se entre parças, calças cargo, casacos com cortes avant-garde, fatos, chapéus, malas, e até garrafas de água reutilizáveis, compondo uma linha irreprensível. Merecem ainda destaque as túnicas com a imagem dos imprescindíveis tigres, imagem de marca da Kenzo, aqui através da obra de Júlio Pomar, pintor português recentemente falecido.

Ficamos esclarecidos: Felipe Oliveira Baptista assumiu definitivamente as rédeas da marca do grupo LVMH, que se encarrega de conduzir por esta nova década com uma perspetiva singular. Ficamos entusiasmados para o acompanhar.

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