O designer português Felipe Oliveira Baptista é o novo Diretor Criativo da Kenzo, depois de recentemente ter abandonado o posto que manteve durante anos na Lacoste.
No seu primeiro dia ao serviço da casa japonesa tomou o Instagram para falar sobre o novo desafio: “DAY 1 I am extremely honored to announce my appointment as Kenzo’s new creative director. To join such an iconic maison is a great gift and challenge. Kenzo is all about contagious freedom and movement. Everything Mr. Takada did was suffused with joy, elegance and a youthful and bold sense of humor. Kenzo’s constant celebration of nature and cultural diversity has always been and remains at the heart of the brand. These two subjects have never felt more relevant and compelling than they do today and will be instrumental to the future of Kenzo.”
O português, nascido nos Açores, tem tido um percurso notável. Licenciou-se em Design de Moda na Kingston University em Londres, tendo posteriormente passado por marcas como Max Mara, Christophe Lemaire e Cerruti.
Apesar do seu sucesso nesta área a roupa não é a sua única tela, ao longo dos anos a sua visão artística tem-se materializado também em instalações, exposições e fotografia, tendo por exemplo sido o artista convidado para o livro “Lisboa”, da série “Portraits de Villes”.
São muitos os destaques na sua carreira, vão desde prémios como o Grand Prix do Hyères International Festival e o ANDAM / LVMH Fashion Award, este o último ganho por duas vezes, a colaborações em nome próprio com a Nike e a Uniqlo, na altura em que estas colaborações não eram tão comuns, à apresentação da sua marca na Paris Fashion Week, e claro aos vários anos à frente da Lacoste.
Durante o seu tempo na direção criativa da Lacoste a empresa teve receitas superiores aos 2 biliões de euros. Segundo Serge Carreira, professor de luxury management na Sciences Po Paris, Felipe refinou a imagem da Lacoste, aproximando-a mais do segmento “Designer”.
Enquanto isso os anteriores co-diretores artísticos da Kenzo, Carol Lim e Humberto Leon, traziam uma nova energia e valores à marca criada pelo Japonês Kenzo Takada em 1970. Apesar da sua abordagem jovem e enquadrada com a tendência de “merch”, ou até mesmo impulsionadora da mesma, a marca gerava menos de 400 milhões de euros anualmente, valor relativamente baixo em relação a outras marcas do grupo LVMH.
Sylvie Colin, CEO da Kenzo, fez o anuncio no Instagram da marca, e acrescenta: “His innovative and modern creative vision and well-rounded artistic approach will enable KENZO to reach its full potential while respecting its unique heritage”.
Felipe tomou o cargo esta Segunda-feira. Por aqui, com orgulho e expectativa, aguardamos para ver que rumo vai dar à icónica casa de Takada.